Vitória de Pirro II
Michel Temer, presidente do PMDB, declarou que seu partido terá ampliada a participação no novo ministério, de acordo com o que lhe disse Lula.
Faz sentido, pois essa parecia ser sua intenção, retardada pela vitória de Chinaglia.
Lula, faça-se a restrição que quiser sobre ele, é um craque na arte da negociação. Adoçou a boca do PT em sua reunião em Salvador, na semana passada. Aplacou a ala majoritária, fazendo menção explícita ao "prezado companheiro Zé Dirceu", mesmo com o antagonismo pessoal latente e crescente. Acalentou a esquerda festiva, desejando pronta recuperação a Fidel Castro, a quem, suponho, está pouco se lixando. Explicitou atitudes indignas de petistas, incentivando nos bastidores o movimento de refundação do PT, pugnada pela ala gaúcha do partido.
Fez cafuné em gregos e troianos, sem desconsiderar os persas, medas e trácios.
Dá uma no cravo, outra na ferradura. E mantém o PT em suas mãos.
Pode-se dizer que seu governo é um reflexo dessa capacidade de enrolar.
Um líder republicano, feroz adversário pessoal e político da família Clinton, reconheceu que a matriarca Hillary é conhecedora das artes e manhas da política pela sua capacidade em estabelecer os acordos possíveis, desde que indispensáveis.
Lula não é diferente. Cacoete de sindicalista.
É uma pena que, no arcabouço de uma constituição parlamentarista na essência e presidencialista na forma, não haja espaço para um chefe de governo que assim não aja. É uma pena porque só sobrevivem governos medíocres, governos de composição e não de coalizão, de repartição de oportunidades e não de responsabilidades, de conversês e não de executês.
Seria bom que, na reforma política dessem condições de governabilidade em novo estilo, encerrando a dicotomia constitucional. Ou bem presidencialismo, ou bem parlamentarismo.
Mas essa reforma não sairá nunca da promessa.
Faz sentido, pois essa parecia ser sua intenção, retardada pela vitória de Chinaglia.
Lula, faça-se a restrição que quiser sobre ele, é um craque na arte da negociação. Adoçou a boca do PT em sua reunião em Salvador, na semana passada. Aplacou a ala majoritária, fazendo menção explícita ao "prezado companheiro Zé Dirceu", mesmo com o antagonismo pessoal latente e crescente. Acalentou a esquerda festiva, desejando pronta recuperação a Fidel Castro, a quem, suponho, está pouco se lixando. Explicitou atitudes indignas de petistas, incentivando nos bastidores o movimento de refundação do PT, pugnada pela ala gaúcha do partido.
Fez cafuné em gregos e troianos, sem desconsiderar os persas, medas e trácios.
Dá uma no cravo, outra na ferradura. E mantém o PT em suas mãos.
Pode-se dizer que seu governo é um reflexo dessa capacidade de enrolar.
Um líder republicano, feroz adversário pessoal e político da família Clinton, reconheceu que a matriarca Hillary é conhecedora das artes e manhas da política pela sua capacidade em estabelecer os acordos possíveis, desde que indispensáveis.
Lula não é diferente. Cacoete de sindicalista.
É uma pena que, no arcabouço de uma constituição parlamentarista na essência e presidencialista na forma, não haja espaço para um chefe de governo que assim não aja. É uma pena porque só sobrevivem governos medíocres, governos de composição e não de coalizão, de repartição de oportunidades e não de responsabilidades, de conversês e não de executês.
Seria bom que, na reforma política dessem condições de governabilidade em novo estilo, encerrando a dicotomia constitucional. Ou bem presidencialismo, ou bem parlamentarismo.
Mas essa reforma não sairá nunca da promessa.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home