Cão que Ladra, Morde? Parte 5 – Ambiente de Ruptura
À Junta Militar interessa o caos controlado, nele incluído o desgaste das instituições, a desesperança pública, a queda no padrão de vida, tudo como elemento de motivação psicossocial para um redesenho institucional. Evidentemente, a seu comando. Com exceção a isto, era pauta comum ao criador e criatura.
2019, primeiro ano do governo, foi palco de manifestações semioficiais de repúdio às instituições e de ataques a autoridades do Judiciário e do Legislativo.
Percebido o tsunami que se aproximava, o STF agiu de ofício e deu um chega pra lá preventivamente. Como ainda não havia sido atingido o grau de bagunça necessário à reação em cadeia e tendo surgido (ou vazado) provas das trambicagens familiares da criatura, houve um refluxo do movimento e o próprio Exército decidiu não apoiar um golpe que favorecesse a criatura.
O então Comandante do Exército, Pujol, colega de turma do
capitão presidente e amigo há décadas, emitiu uma nota a esse respeito.
A simples existência dessa nota é uma demonstração
explícita de que esse tema havia sido cogitado pelo Alto Comando.
O capitão-presidente, também percebendo a intenção de poder de seu criador, agora concorrente, buscou ampliar também suas armas para fazer frente a um possível uso de armas contra si.
Nosso Exército, mantido por 25 anos em seu estrito papel
constitucional, embora saudoso do protagonismo, tem a necessidade de criar seus
próprios heróis na medida em que não há combates para fazê-los.
Da mesma forma como culturalmente se colocam acima da
sociedade civil, num patamar mais preparado e apto, mais honesto e importante,
dentro da própria corporação elegem subcorporações superiores.
Houve o tempo em que o paraquedista era o ápice da
valentia. Como se popularizou demais, o suprassumo passou a ser o “guerreiro de
selva”. Também se popularizou, surgiu o Operações Especiais, o Faca na Caveira
moda atual.
Dá pra entender?
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