Falência Política
Assustadora é situação da instabilidade jurídico-política vigente no Brasil. De tanto legislarem em causa própria, a classe política pariu monstro tão feio e disforme que deixa pasmos a nós, fontes do poder primário, porém meros eleitores dela mesma,
Não chegamos a 4 meses de exercício dos novos governadores e mais de 40% dos eleitos têm seus mandatos colocados sob suspeição. Governadores provisórios se tornaram, pois poderão ser cassados, com direito a enquadramento na Ficha Limpa e tudo.
Claro que o instituto da reeleição, muito bem pago por FHC, em interesse próprio e alheio às tradições nacionais, contribuiu para o caos. Mas não é só isso.
A legislação institucionaliza o jus sperniandi das forças derrotadas ao limite, pela tipificação subjetiva de pretensos crimes eleitorais. Troca-se assim, o conjunto eleitor pela singularidade da toga.
Ou então, assumamos que o brasileiro gosta mesmo é de eleger candidatos picaretas. Tem um prazer sádico de eleger criminosos para suportar seus argumentos de que político não presta.
Só para satisfazer a curiosidade dos 2 ou 3 leitores, vejam os governadores com eleições sob suspeita: Antonio Anastasia (MG-PSDB), Tião Viana (AC-PT), Roseana Sarney (MA-PMDB), José de Anchieta Junior (RR-PSDB), Wilson Martins (PI-PSB), Siqueira Campos (TO-PSDB), Rosalba Ciarlini (RN-DEM), Omar Aziz (AM-PMN), Cid Gomes (CE-PSB), Teotônio Vilela (AL-PSDB), e Silval Barbosa (MG-PMDB).
É assim que pretendemos fortalecer a democracia?
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