quarta-feira, outubro 05, 2022

Brasil Profundo

 

O que nos mostra esse mapa? Que conclusões se pode tirar?
Vamos lá.
Não é o RS reaça, mas a região da colonização alemã e italiana. Isso se repete em SC e nas regiões mais populosas do Paraná. Observem o SW paranaense, divergente do centro. Um repeteco da Europa Central?
No mais percebe-se claramente o reacionarismo dos red necks brasileiros.
O agro, que tem nos garantido entrada de divisas muito graças à ação estatal (Embrapa), assume uma posição de defesa do conservadorismo reacionário.
Um fenômeno constatável. Beneficiários de políticas sociais, quando enriquecem, atribuem seu sucesso somente a si, enaltecem-se, viram liberais de prateleira.
O agro, aqui e no mundo, é fonte reacionária.
Fica tão claro no mapa.
MS e MT distinguem-se na região pantaneira, culturalmente conservacionista. O resto tem a cultura do desmate e agricultura intensiva. Sem compromisso social mais internalizado.
Pará, Acre, Rondônia e Goiás repetem esse comportamento na sua distribuição geográfica.
Roraima por outras razões, garimpo ilegal e o ódio aos povos originários.
RJ e ES, um e outro tão parecidos quase gêmeos. Ambos pobres com um litoral rico, terras de contrastes, ilhas se pobrezas delimitadas pelo litoral.
Quase como o litoral paulista, algumas quadras com bom padrão de renda ilhadas entre o mar salgado e o oceano de pobreza.
E assim divide-se o Brasil. Não genericamente por Estados, mas por classes sócio-econômicas.
A luta de classes está aí à beira.
Ainda pode ser evitado que se materialize em sangue e em explosão territorial.
O voto consciente e não sectário no dia 30, colocando esse supremacismo burro, alienado e inconsequente pra fora do governo, é o caminho da inclusão e desenvolvimento inclusivo.
Se o ódio não for extirpado, se consolidará e se tornará incontrolável.
O governo dos marechais, por seu fantoche, é uma erva daninha que, não sendo arrancada enquanto é nova, depois que espalha suas raízes e se propaga torna muito difícil seu controle.
Agora ainda pode ser arrancada, daqui a quatro anos, talvez não.
O voto consciente e com consciência da necessidade de união entre divergentes para barrar os demolidores da nacionalidade é fundamental.
Fora os calabares entreguistas!!!