Entre Tapas e Beijos
O lider do governo, Maj. Olímpio, pede a saída de Flávio Bolsonaro das hostes do PSL, partido ao qual seu pai presidente é filiado.
A alegação é que Flávio, assim como Eduardo e o próprio Bivar, ex-dono da legenda, opõem-se à tal da LavaToga.
Estranho, não?
Acontece que em política, quase tudo não é o que parece. Há caroço nesse angu.
Recentemente um episódio por quase nada cassou o mandato do presidente paraguaio em uma crise interna gerada pelas denúncias de corrupção e traição por um acordo assinado para comercialização do excedente de energia da quota paraguaia em Itaipu.O Paraguai venderia a preços subsidiados e propiciaria lucros fantásticos à Leros pela revenda no Brasil.
Do lado paraguaio, a ANDE, a Eletrobrás guarani. Do lado brasileiro, a empresa Leros, pertencente a Kléber Ferreira da Silva e Adriano Tadeu Deguirmendjian.
Uma reportagem publicada no jornal paraguaio ABC Color, de autoria da jornalista Mabel Rehnfeldt, expôs que, por trás dessa dupla, estava Alexandre Giordano.
Este último é quem interessa como elo de ligação, por não ser nada mais, nada menos, do que senador suplente brasileiro. Ganha um doce quem adivinhar. Melhor, não ganha doce coisa nenhuma, trata-se de suplente do Major Olímpio, o líder do governo Bolsonaro.
Mas não pára por aí.
No dia seguinte à confusão no Paraguay e a ameaça real de cassação do presidente, o nosso presidente aqui voltou atrás, deu o dito pelo não dito, rapidamente cancelou o acordo. Para quem gosta de falar grosso e arrotar valentia com vizinhos mais fracos, o gesto de boa vontade foi até surpreendente. Morreu o assunto por aqui, ou quase.
Já no Paraguay, embora extintas as chamas que torrariam o chamuscado presidente, o noticiário continuou. O tal Giordano, apontado como negociador da Leros, foi acusado de falar em nome da Leros e dos interesses da família Bolsonaro, talvez até como forma de obter condições mais vantajosas na negociação. Com o seu autorização, quem sabe? A família nega, afirma que sequer conhece o carimbado Giordano.
Não fica nisso.
Também veio à tona que, no alinhavo final dos termos do tal acordo quem, além de Giordano estava em Assunción no dia 11 de abril? Ele, o Major Olímpio, o líder do governo e amigo do presidente. Coordenador de sua campanha. Vejam que coincidência. Mas ele nega que tenha participado
Escarafunchando mais, sabe-se agora que a sede do PSL em São Paulo, o partido do presidente e com diretório estadual presidido pelo filho Eduardo, deputado federal, esteve instalada em imóvel do Giordano, o ocupado por duas de suas empresas, conforme investigado pelo site DCM.
A proximidade é evidente, mas...
Com esforços surpreendentes e manobras regimentais, Eduardo Bolsonaro conseguiu barrar a convocação de Giordano em uma audiência pública na Câmara sobre o caso Itaipu. Já pensou se abre a boca?
Porém,no Senado, a Comissão de Relações Exteriores instalou uma Subcomissão para levantar informações sobre eventual favorecimento à empresa Leros. Em requerimento do Sen Jaques Wagner, indicado também à Relatoria, o prazo de terminado é de 60 dias, prorrogáveis.
"Agravando o quadro, a imprensa paraguaia divulgou, com base em mensagens trocadas por autoridades, que teria havido a tentativa de favorecimento ilegal à Leros. É preciso reconhecer que a renegociação resultou desastrosa para o Brasil também. Itaipu é um tema de grande sensibilidade política no contexto das relações Brasil-Paraguai. A enorme repercussão negativa das renegociações no Paraguai lança sombras sobre a revisão de outros acordos sobre Itaipu, que terão de ser inteiramente reformulados até 2023. Caso as relações piorem, o Brasil corre riscos de ficar sem a energia que o Paraguai não usa em Itaipu, finaliza o texto aprovado na CRE."
(Fonte: Agência Senado)
Suspeita-se que as conclusões possam expor, de alguma forma, as ligações perigosas. Passa a ser muito importante blindar a entourage presidencial da possível promiscuidade com a Leros.
Simular uma briga, por exemplo, pode servir de cortina de fumaça.
Maj. Olímpio propõe o desligamento de Flávio Bolsonaro da legenda. Pode ser o gatilho que precisavam para a simulação-justificativa para interrupção de vínculos.
Não me surpreenderá se a família trocar de partido.
A alegação é que Flávio, assim como Eduardo e o próprio Bivar, ex-dono da legenda, opõem-se à tal da LavaToga.
Estranho, não?
Acontece que em política, quase tudo não é o que parece. Há caroço nesse angu.
Recentemente um episódio por quase nada cassou o mandato do presidente paraguaio em uma crise interna gerada pelas denúncias de corrupção e traição por um acordo assinado para comercialização do excedente de energia da quota paraguaia em Itaipu.O Paraguai venderia a preços subsidiados e propiciaria lucros fantásticos à Leros pela revenda no Brasil.
Do lado paraguaio, a ANDE, a Eletrobrás guarani. Do lado brasileiro, a empresa Leros, pertencente a Kléber Ferreira da Silva e Adriano Tadeu Deguirmendjian.
Uma reportagem publicada no jornal paraguaio ABC Color, de autoria da jornalista Mabel Rehnfeldt, expôs que, por trás dessa dupla, estava Alexandre Giordano.
Este último é quem interessa como elo de ligação, por não ser nada mais, nada menos, do que senador suplente brasileiro. Ganha um doce quem adivinhar. Melhor, não ganha doce coisa nenhuma, trata-se de suplente do Major Olímpio, o líder do governo Bolsonaro.
Mas não pára por aí.
No dia seguinte à confusão no Paraguay e a ameaça real de cassação do presidente, o nosso presidente aqui voltou atrás, deu o dito pelo não dito, rapidamente cancelou o acordo. Para quem gosta de falar grosso e arrotar valentia com vizinhos mais fracos, o gesto de boa vontade foi até surpreendente. Morreu o assunto por aqui, ou quase.
Já no Paraguay, embora extintas as chamas que torrariam o chamuscado presidente, o noticiário continuou. O tal Giordano, apontado como negociador da Leros, foi acusado de falar em nome da Leros e dos interesses da família Bolsonaro, talvez até como forma de obter condições mais vantajosas na negociação. Com o seu autorização, quem sabe? A família nega, afirma que sequer conhece o carimbado Giordano.
Não fica nisso.
Também veio à tona que, no alinhavo final dos termos do tal acordo quem, além de Giordano estava em Assunción no dia 11 de abril? Ele, o Major Olímpio, o líder do governo e amigo do presidente. Coordenador de sua campanha. Vejam que coincidência. Mas ele nega que tenha participado
Escarafunchando mais, sabe-se agora que a sede do PSL em São Paulo, o partido do presidente e com diretório estadual presidido pelo filho Eduardo, deputado federal, esteve instalada em imóvel do Giordano, o ocupado por duas de suas empresas, conforme investigado pelo site DCM.
A proximidade é evidente, mas...
Com esforços surpreendentes e manobras regimentais, Eduardo Bolsonaro conseguiu barrar a convocação de Giordano em uma audiência pública na Câmara sobre o caso Itaipu. Já pensou se abre a boca?
Porém,no Senado, a Comissão de Relações Exteriores instalou uma Subcomissão para levantar informações sobre eventual favorecimento à empresa Leros. Em requerimento do Sen Jaques Wagner, indicado também à Relatoria, o prazo de terminado é de 60 dias, prorrogáveis.
"Agravando o quadro, a imprensa paraguaia divulgou, com base em mensagens trocadas por autoridades, que teria havido a tentativa de favorecimento ilegal à Leros. É preciso reconhecer que a renegociação resultou desastrosa para o Brasil também. Itaipu é um tema de grande sensibilidade política no contexto das relações Brasil-Paraguai. A enorme repercussão negativa das renegociações no Paraguai lança sombras sobre a revisão de outros acordos sobre Itaipu, que terão de ser inteiramente reformulados até 2023. Caso as relações piorem, o Brasil corre riscos de ficar sem a energia que o Paraguai não usa em Itaipu, finaliza o texto aprovado na CRE."
(Fonte: Agência Senado)
Suspeita-se que as conclusões possam expor, de alguma forma, as ligações perigosas. Passa a ser muito importante blindar a entourage presidencial da possível promiscuidade com a Leros.
Simular uma briga, por exemplo, pode servir de cortina de fumaça.
Maj. Olímpio propõe o desligamento de Flávio Bolsonaro da legenda. Pode ser o gatilho que precisavam para a simulação-justificativa para interrupção de vínculos.
Não me surpreenderá se a família trocar de partido.
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