Terceira Guerra Mundial ou Armagedom
Em toda a história registrada da humanidade, impérios surgem e desaparecem, os decadentes são substituídos por emergentes numa dança de cadeiras geopolítica.
Por que caem os impérios?
Caem invariavelmente quando seus princípios são corrompidos ou quando superados na ambientação à evolução tecnológica.
O Brasil chegou a ser um império em ascensão em dois momentos. Durante o reinado de Pedro II, como potência regional e, por mais que repudiemos a ditadura de 64 e os malefícios que causou, durante ela própria em seus eixos de desenvolvimento nacional, fomento à pesquisa tecnológica, à industrialização e produção local e pelo controle do Estado sobre a infraestrutura e exploração de riquezas naturais.
A ponto dos chineses, na década de 70 e logo após a retomadas das relações diplomáticas, virem ao Brasil para estudar os mecanismos que estávamos adotando para proteção da produção local e do mercado interno. Então, naquela época se juntasse toda a capacidade produtiva do oeste asiático, incluindo a China e excluindo o Japão, era menor do que a do Brasil.
Triste inversão, olhando-se de hoje para o passado.
Inversão essa que se deve diretamente à conjugação de idiotas com espertalhões.
O neoliberalismo tendo como gurus Friedman e Hayek e propagandistas Tatcher e Reagan, fez brilhar os olhos dos espertalhões locais, que vislumbraram nessas teorias uma capacidade de enriquecimento e concentração de meios de produção, ainda que a custa do empobrecimento do Estado.
Também idiotas se encantaram com o canto da sereia, nem se perceberam, como ainda não se percebem no idiotismo transmitido em gerações, que estão sendo escravizados com o discurso da liberdade econômica.
A ponto de funcionários públicos de carreira, de terno, toga ou farda e que não detêm os meios de produção, defenderem o liberalismo do capital sem pátria ou lei como a panacéia do resgate humano.
Voltando ao mundo real.
Esse mesmo neoliberalismo, que paradoxalmente desnacionalizou os meios de produção e privilegiou a concentração dos recursos e a especulação à produção, promoveu a decadência dos Estados Unidos.
Em sentido inverso caminhou a China, com seu capitalismo de Estado.
A decadência do Ocidente propiciou a ascendência do Oriente.
Falta a pá de cal e essa virá com o Armagedom. Ou não, há uma chance real de ser evitado o cataclismo nuclear.
Convido-lhes a viajar comigo no terreno das abstrações prospectivas.
ocorrer entre os próximos dois e cinco anos.
A guerra da Ucrânia não tem outro objetivo além de desgastar os estoques russos, de armamentos e combatentes, pois a aliança estratégica entre a Federação Russa e a China foi consolidada na administração Biden e não há muita chance de haver quebra dessa ligação. A Rússia é a ponta de lança do Oriente na Europa. Aliada ao Ocidente levaria a China a enfrentar uma guerra de duas frentes. Ou de três, em cerco pelo sudoeste, leste e noroeste.
O genocídio sionista tem por objetivo a militarização da Faixa de Gaza, o acesso do sudoeste asiático ao Mediterrâneo e o controle do acesso aos campos petrolíferos. Sempre lembrando que o ataque de Pearl Harbor somente aconteceu após o impedimento do acesso japonês ao petróleo, e o consequente estrangulamento econômico.
A China não é autossuficiente em petróleo e nem em muitos recursos estratégicos. O boicote ao acesso comprometeria sua capacidade de reação.
O império decadente está a escolher o momento do embate e o desencadeará no momento em que avalie ter a máxima força. O gatilho será Taiwan, sabido que a China não admitirá ser território hostil em suas costas, em pleno Mar da China.
Esse cenário de guerra independe da eleição de Trump ou Biden em situação de normalidade democrática.
Isso significaria ser essa guerra inevitável?
Não, apenas provável, há uma chance de não acontecer e essa chance é exatamente uma derrota de Trump, por suas características pessoais.
O arruaceiro alaranjado têm viés tirânico, de inconformado jogador de poker em saloon de faroeste. Péssimo perdedor.
Em caso de derrota, pode estimular seus sequazes a promover desordem tamanha que resulte numa guerra civil.
Uma guerra civil nos Estados Unidos pode ser a oportunidade única de evitar, ou ao menos retardar, a hecatombe nuclear.
Muita viagem? Talvez.
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