Senhores do Hospício
Pensando que os Estados Unidos estão apostando na futura guerra mundial, enquanto a China está apostando que não ocorrerá.
Por quê? Pensem comigo.A permanecer a tendência já configurada, em poucos anos a China superará os Estados Unidos como potência econômica. Bem, se expurgada a economia bélica e o padrão dólar das relações comerciais, já ultrapassou. Então, vamos deixar claro. Conflitos bélicos são condição de sobrevivência econômica para o grandão do norte.
Também no radar dos Estados Unidos deve estar claro que a supremacia econômica virá acompanhada de meios bélicos para sua garantia, isso não não for alterado o paradigma do belicismo para o comércio multilateral. A China aposta nisso, têm paciência cultural e olhos apertados, decerto para ver longe. Sabem que o tempo é o senhor da razão, ainda que uns e outros pensem ser senhores, eles próprios, da guerra.
Com essas premissas, aos Estados Unidos restam dois ou três anos para neutralizar a ameaça chinesa à sua hegemonia. Por enquanto têm, ao que se saiba, uma capacidade bélica superior. Então, nesse período em que ainda são mais fortes, talvez pretendam resolver a situação. Fica clara a importância estratégica da guerra na Ucrânia. Acredito que nenhum estrategista militar considere vantajosa uma guerra em duas frentes. É complicado, são duas guerras simultâneas.
Não são somente dois teatros de operações, é mais grave do que isso.
Pois bem.
Ou bem os Estados Unidos promovem o desgaste profundo da Rússia, ainda que à custa do sangue ucraniano e consumo dos estoques russos de gente e armas, ou enfrentarão um teatro europeu e um asiático pelo conflito, para eles vital, com a China, sob pretexto de Taiwan.
Estão a escolher o momento mais oportuno para esse embate.
Lê-se agora as notícias de fornecimento de caças aos borbotões e de mísseis cruzeiro de longo alcance, superior a 500km. Talvez, em suas análises e parâmetros, esteja na hora de eliminar o restante de capacidade de reação russa. E, a partir daí, escalar em Taiwan.
Vejam-se as notícias de hoje:
Pedidos à Alemanha para fornecer mísseis à Ucrânia
https://sputniknewsbrasil.com.br/20230527/ucrania-pede-a-alemanha-que-lhe-de-misseis-de-longo-alcance-taurus-contra-a-russia-29002204.html
França estuda a possibilidade de fornecer mísseis à Ucrânia.
https://sputniknewsbrasil.com.br/20230517/franca-estuda-possibilidade-de-fornecer-misseis-de-longo-alcance-scalp-a-ucrania-28877007.html
Biden libera o fornecimento de F16 à Ucrânia
https://www.poder360.com.br/internacional/eua-apoiarao-o-fornecimento-de-cacas-f-16-a-ucrania/
Taiwan acusa China de violar seu espaço aéreo.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/03/31/taiwan-diz-que-nove-aeronaves-chinesas-invadiram-seu-espaco-aereo.ghtml
Estados Unidos fortalece alianças militares no Extremo Oriente.
https://www.brasildefato.com.br/2023/02/13/os-estados-unidos-querem-transformar-taiwan-na-ucrania-do-leste
É por aí, se não eliminarem a vida humana na Terra nos próximos cinquenta anos, essa, de fato, em nada será semelhante a que conhecemos.
1 Comments:
Há muitos inponderáveis,surpresas no meio do caminho,nada é tão certo para os Estados Unidos como parece. Como também nada é certo para a Rússia ou a China. As decisões que Trump e Biden tomaram, esperando barrar a ascensão da China, não tem produzido os resultados esperados. Tentaram cercar a Rússia, veio a guerra. Tentam derrotá-la mas ela fez uma aliança com a China. Pensavam que seria fácil ganhar essa parada. Depois que congelaram 680 bilhões de dólares de ouro da Russia depositado em bancos do Ocidente, isso assustou muitos países antes aliados certos. Até a Arábia Saudita ficou com medo, pulou fora. Está agora para entrar nos BRICS. Atrás dela vem Irã, do qual subtiamente virou amiga. Muitos outros países vem atrás, nessa tendência. Se houver dúvidas quanto a esse realinhamento internacional, há também a instabilidade interna, nos próprios Estados Unidos. O país está cada vez mais dividio, radicalizado assustando os ajuizados. Isso demonstra grande insatisfação com os caminhos do governo. Cresce, por outro lado, a reação dos países médios, desconfortáveis com essa mania americana de virar a mesa, irresponsavelmente. Passaram os ultimos meses ameaçavam um calote, numa briga sem sentido entre o Congresso e o Executivo. Isso é destruição mútua, assegura. Estão brincando com fogo. Acham que todo mundo tem que se conformar, afinal eles mandam. Isso não é mais verdade.
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